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Por que a energia solar não está em todos os telhados?

A luz do sol chega em praticamente qualquer lugar do planeta, e a gente pode transformar essa luz em energia elétrica pra usar de graça. É só instalar uma placa em cima do telhado. Mas por que então em cidade super ensolarada, como o Rio de Janeiro, por exemplo, todos os telhados não são feitos de energia solar?

É isso que a gente vai ver hoje aqui. A gente vai descobrir na prática como funciona a energia solar. Eu tô na comunidade de Santa Marta, no Rio de Janeiro, e aqui alguns telhados já têm energia solar. Quem tá trazendo essa tecnologia é uma empresa nova, uma Start Up chamada Insolar.

Nesse projeto a Insolar tá contando com a ajuda da Shell pra instalar alguns painéis de graça em lugares que a comunidade inteira usa. Como algumas creches, associação de moradores, e até o Plano Inclinado, que é um elevador gigante que levas as pessoas lá pra cima do morro.

O Henrique é o cara por trás de tudo aqui na Insolar.

– Henrique, quantos telhados vocês já instalaram aqui na Santa Marta?
– Então, em parceria com a comunidade a gente já conseguiu atingir 11 espaços comunitários.
– Se um dinheiro que a gente tira pra pagar uma conta de luz de R$ 290 à R$ 300 e pouco, faz é bastante diferença, porque é assim esse dinheiro a gente poderia tá comprando outras coisa pra ser utilizado com as criança na creche.
– E no que que você vai investir esse dinheiro agora que tá sobrando? Esses quase R$ 300 por mês.
– A gente vai investir aí no alimento né, e ajudar também no material pedagógico das criança.
– Henrique, queria saber o que você espera da energia solar?
– Bom, além da questão prática econômica, educar os pequenos que vem aqui aprender música né, atraí-los por esse canal musical, e como isso pode ser benéfico pro futuro deles e da sociedade de uma forma geral.
– Qual o melhor espaço público? Qual o melhor lugar colocar?
– Eu já conhecia, já ouvi falar, mas via muito…Em outros países, no Brasil nunca tinha visto, e aí foi que eu conheci o Henrique, me explicou mais sobre o projeto, parei ele, fui saber mais. E então a gente foi ouvindo a cidade de cada um.
– Eu acho que esse é grande desafio, você começar com espaços comunitários, firmar essas parcerias, pra que a gente consiga os meios pra levar essa tecnologia pros moradores, pros comerciantes.

O morador continua relatando como o uso de energia solar os beneficia:

– Dá pra ver um telhado daqui. Isso, aquele telhado ali é uma creche que também atende os moradores, as crianças da comunidade. Hoje a gente paga em torno de R$ 4,000 de conta de luz. E é um dinheiro que faz falta pra gente. Então eu acho que essa economia, esse percentual do funcionamento das placas vai ser muito significativo pro funcionamento das escola.

Eu pergunto: – Como é que funciona esse trabalho de subir e instalar tudo isso?

Henrique me explica como é feita a instalação dos telhados solares, confira aí:

– Depende muito da instalação né, quando você tem um telhado já firme, já com um estrutura bem rígida

Continuo questionando ele: “Você consegue fazer a instalação sem problema, em alguns casos você precisa garantir que aquele telhado vai aguentar o peso de um painel?”

Henrique me explica que: “Por estar abaixo da linha do Equador, os painéis têm que estar virados pro Norte, pra que aproveitem ao máximo a incidência solar. Antes nós não tínhamos nem energia, né. Depois que foi instalado a placa… Nossa, foi show de bola. Hoje a gente tem energia aqui, futuramente vamos colocar aqui um computador, ventilador e tal. E tem uma lâmpada aí também.

Minha dúvida agora é como a energia solar funciona tem dias chuvosos e ele me explica: “É menos, mas você consegue gerar, e nas instalações que são feitas com bateria, você pode usar bateria que foi carregada nos dias de sol para os dias de hoje, então você vê, no caso do estande de turismo, onde geraram bastante energia ontem, por exemplo, e hoje você viu lá tava no máximo né.

Concluo: “Então são duas tecnologias diferentes, uma independente da rede elétrica, outra ligada a rede elétrica, cada uma tem as duas vantagens.”

Outra vantagem é que o consumidor não precisa ficar preocupado em solicitar segunda via da conta de luz, ou seja, não precisa ficar procurando na internet maneiras de pegar a segunda via aes.

Como funciona a energia solar

Eu sei que quem tá lendo deve estar super curioso pra saber como que uma placa dessa é capaz de transformar a luz em energia elétrica e eu explico: A placa é feita de pedacinhos bem pequenininhos que a gente chama de célula fotovoltaica. O principal material dessas células costuma ser o Silício, que é um dos elementos químicos mais comuns do nosso planeta.

A luz que chega até essa célula é formada por partículas bem pequenininhas que se chamam Fótons. E esses fótons estão chegando o tempo todo do Sol pra cá. Quando um fóton bate na célula, ele desloca, ele empurra alguns elétrons dos átomos que estão ali. Esse fenômeno se chama Efeito Fotovoltaico.

E deslocar elétron significa criar corrente elétrica. No caso aqui da creche, depois que a energia é recebida pelo painel solar, ela é vai pro inversor, e ele é o cérebro do equipamento. Então ele converte a energia do Sol, que é de corrente contínua, em corrente alternada, que é a energia da rede elétrica.

Essa energia vai pra um quadro de luz. A partir daí elas se misturam e você pode usar pra geladeira, ventilador televisor, iluminação. Então ela passa a fazer parte da creche. E a bateria, onde é que fica no meio da instalação toda?

Então, a boa notícia é que no caso da creche e outros sistemas conectados à rede elétrica, você não tem a bateria. Porquê você usa a própria rede elétrica como bateria, e aquela energia que você não utilizou, né? A energia gerada pelo painel solar é utilizada na creche, e se você gerar mais energia do que você está usando, vai pra rede elétrica e gera um crédito na conta de luz.

Pergunto novamente: “Um mês vinha duzentos e pouco, outro mês vinha trezentos e pouco… E agora quanto tá vindo?” e a resposta é surpreendente: “Zerado.”

 

Sobre o Autor:

I´m Vasconcelos. Meu nome é Vasconcelos e escrevo para o ADPARK, sou brasileiro e vivo em São Paulo. Formei-me em Comunicação Social pela UNINOVE. Trabalhei anos como freela especializado Internet e agora estou escrevendo para diversos o blogs.